Kadett - 75 anos de história...

 

Kadett 11234 - 1936 a 1956

 

Foi em 1936 que a empresa OPEL, fundada em 1862 pelo Sr. Adam Opel, parou de produzir maquinas de costura e apostou em automóveis, isto na cidade de Russelsheim.

O kadett 11234 (11 para a cilindrada e 234 para a distancia entre os eixos em cm), era um carro de duas portas com 3,8 metros de comprimento, propulsionado por um pequeno motor de 1.000 cm3 com 23cv às 3400 rpm.

 

Com ligeiras alterações, foi rebaptizado em 1938 com o nome de kadett K38. Em paralelo era produzido o kadett júnior ou KJ38, com uma mecânica mais tradicional. Com o inicio da II guerra mundial em Setembro de 1939, a sua produção seria interrompida. No final do conflito a OPEL, que era subsidiaria da GM desde 1927, foi confiscada pelo governo alemão assim que começou a guerra e entregou a sua linha de produção aos russos. O Kadett renascia assim em novas mãos.  

 

Moskvitch (moscovita), foi o kadett que os russos fabricaram durante nove anos, numa versão de quatro portas mantendo a mesma motorização. Foi fabricado na fabrica de ZMA em Moscovo, entre 1947 e 1956. Até 1954 foi fabricada a versão 400 e dai em diante a versão 401 com mais 3 cv que o seu antecessor. Existiam também versões carrinhas com três lugares e carroçaria em madeira, pickup’s e descapotáveis de quatro lugares.

 

 

 

 

 

Kadett A - 1962 a 1965

 

Após a segunda guerra mundial, em Setembro de 1962, a historia reiniciava-se. Foi apresentado ao público a segunda geração do kadett. Foram produzidas numa nova fabrica em Bochum 649.512 unidades até Julho de 1965. Bochum, era um  terreno de uma mina fechada e a Opel construiu uma fábrica de automóveis completamente nova, inaugurada em 1962.

 

Os investimentos em obras, infrastruturas e máquinas elevaram-se a 1,3 biliões de marcos. Milhares de mineiros desempregados encontraram aqui um posto de trabalho na construção do Kadett A. 

Neste modelo foram produzidas três tipos de carroçaria: um sedan, que incluía uma versão de luxo, um coupé e uma station wagon.

Nestas carroçarias foram introduzidos dois tipos de motor um 1.0 N com 40cv (33kw) e um 1.0 S com 48cv (36kw). A diferença de potencias estava na taxa de compressão, uma normal e outra super comprimida. Estavam também equipados com uma caixa de quatro relações com tracção traseira. O duas-portas atingia a velocidade máxima de 120 km/h e contentava-se com 8,5 litros de gasolina normal por cada 100 km. Já nesse tempo, a Opel dispunha de uma paleta extremamente diversificada para a época, que constituiu a garantia da grande aceitação do Kadett no mercado. Dois meses volvidos, saía já das linhas de montagem o 10.000º automóvel. No Verão de 1963, foi atingido o limite de capacidade das instalações de produção. O 100.000º Kadett saiu de fábrica três meses antes do prazo previsto. Ainda hoje o Kadett A merece o título de modelo de maior sucesso na categoria de um litro.

 

 

Kadett B - 1965 a 1973

 

Enquanto o modelo A se inseria ainda na categoria dos pequenos automóveis, o modelo B, com os seus 18 cm a mais e uma variante de quatro portas, implantou-se no segmento médio inferior. O visual moderno e o amplo leque de motorizações - 1,1 l, 1,2 l, 1,7 l e 1,9 l eram as cilindradas propostas - transformaram o Opel num favorito do público, foram produzidas mais de 2.5 milhões de unidades. Produzido entre 1965 e 1973 o kadett B estava disponível em carroçarias de duas e quatro portas sedan, uma station wagon de três e cinco portas e duas versões do coupe.

 

 

Kadett C - 1973 a 1979

 

O Kadett C foi produzido entre 1973 e 1979 e era a versão compacta da GM que estava muito em voga nos anos 70. Desde o início da produção, o Kadett da terceira geração apresentado em Setembro de 1973, mereceu o louvor internacional. O seu conceito profundamente ponderado transformou-o num automóvel mundial. Quer nos Estados unidos sob a designação Chevette, quer no Canadá com a denominação Acadian quer ainda na Argentina, Malásia ou Coreia sob a designação Isuzu Gemini.

 

O Kadett C pôs as suas qualidades à prova a nível mundial. Juntamente com as 1.701.075 unidades do Kadett C, construídas pela Opel entre 1973 e 1979, os números de produção de Bochum atingiram o marco dos quatro milhões. A versão base, a que gozou de maior procura, dispunha de um motor de 1,2 litros com 52 ou 60 cv. Além disso, o modelo C foi o primeiro Kadett a ser equipado com cintos de segurança de três pontos. Os clientes podiam optar entre 18 variantes de carroçaria, equipamento e motores.

 

O Kadett C esteve na base do Vauxhall Chevette Reino Unido cuja parte da frente foi reestruturada e foi utilizado um motor 1256cc OHV substituindo o de 1196cc da Opel. Foi notável a inclusão de uma porta traseira (de elevação) com o nome City-Kadett, baseado no Vauxhall Chevette britânico, que foi o primeiro para a Opel. Contudo, a produção do Kadett C terminou em 1979, e o Chevette foi produzido até 1983. Curiosamente, o Vauxhall Chevette começou a ser importado para a Alemanha em 1979 para satisfazer as necessidades da tradicional tracção traseira e teve algum sucesso durante mais um ou dois anos.

 

Hoje em dia o Kadett C é um carro de culto na Alemanha, especialmente o Coupé que foi carro de Rally e os modelos GT/E. De início estes modelos foram construídos com o motor da Opel de injecção da Bosch de 1897cc, e posteriormente foi adaptado para o motor 1998cc CIH. Hoje em dia estes modelos desportivos são muito raros na condução à direita.

  

Uma versão muito interessante e rara foi o Aero-Kadett, um descapotável. Este carro foi construído em quantidades muito reduzidas pela Karosserie Baur em Estugarda. 

 

Motores do Kadett C:

- 1.000cm3 de cilindrada, 29kW/ 40PS (1,0N) 
- 1.000cm3 de cilindrada, 35kW/ 48PS (1,0S) apenas para exportação, por exemplo para a Itália 
- 1.200cm3 de cilindrada, 37kW/ 50PS (1,2N) apenas para exportação, por exemplo para a Áustria 
- 1.200cm3 de cilindrada, 38kW/ 52PS (1,2N até 1976)) 
- 1.200cm3 de cilindrada, 40kW/ 55PS (1,2N desde 1976) 
- 1.200cm3 de cilindrada, 44kW/ 60PS (1,2S) 
- 1.600cm3 de cilindrada, 55kW/ 75PS (1,6S) desde 1977 
- 1.900cm3 de cilindrada, 77kW/105PS (1,9E) (apenas GT/E 1) 
- 2.000cm3 de cilindrada, 81kW/110PS (2,0E) (apenas GT/E 2 e Rallye E) 
- 2.000cm3 de cilindrada, 85kW/115PS (2,0EH) (apenas GT/E 2)

 

Kadett D - 1979 a 1984

 

O quinto carro da geração foi introduzido em 1979 e conhecido como o Kadett D. A versão britânica do Kadett D ficou conhecida como o Vauxhall Astra Mk1. Foi lançado em Abril de 1980, embora a versão da Opel tenha sido posta à venda na Alemanha em 14 Novembro 1979. Todos os modelos foram projectados com três ou cinco portas nas variantes hatchback ou caravan. Existiam também versões de duas e quatro portas sedan, mas depressa foi abandonada a sua produção.Assim, foi produzido nas versões de 2-3-4 ou 5 portas.

 

O Kadett D era uma aposta totalmente nova, inclusive foi o primeiro modelo da OPEL a usar a tracção dianteira. Foi também introduzida a designação de “family II engine” que consistia entre outras novidades na introdução de um bloco de quatro cilindros em linha com um único veio de cames a cabeça, tirantes hidráulicos das válvulas, cabeça do motor em alumínio e cilindradas que podia variar entre os 1300 e os 1600 cm3. Mais tarde, uma versão de 1800 centímetros cúbicos foi introduzida para o modelo do GTE/SR do Kadett/Astra. Foi também introduzido um motor diesel de 1600cm3 que permitia um uso económico na ordem dos 3,4lt aos 100km.

 

 

 

 

Kadett E - 1984 a 1991

 

O Kadett E surgiu no Outono de 1984. Usava a mesma gama de motores e caixas de velocidades do seu antecessor, mas tinha uma carroceria completamente diferente e com uma aerodinâmica alterada.


Com uma vida longa, esteve disponível nas versões hatchback, sedan, caravan e cabrio. A versão sedan só esteve disponível a partir de Janeiro de 1986. Muitos fabricantes da época seguiram a mesma onda de criar sedans a partir de carrocerias hatchback, como exemplo do Ford Orion (Escort) ou do Jetta (Golf).

 



Foram apenas construidos 7000 cabriolets deste modelo pela Bertone em Itália, entre 1987 e 1992. Eram equipados com motores de 1,6 e 2,0 litros (GSI) e nas últimas versões já tinham capotas e vidros eléctricos.




A versão GSI usava igualmente o motor 2,0 litros, e nas primeiras versões tinha o quadrante electrónico, com velocimetro digital. Não teve grande aceitação, e as últimas versões voltaram ao painel analógio tradicional.


O motor C20XE já era multiválvulas, considerada uma versão de grandes performances. Desenvolvia cerca de 156 cv (116 Kw) na versão original, sendo criticado por ser dificil de manobrar.


  

 

Este modelo serviu ainda de base para outros veículos no mundo inteiro, tais como os Daewoo Cielo, Racer, Nexia e LeMans, e ainda o Asüna SE (Canadá), Asuna GT (Canadá), Passport Optima (Canadá) e o Pontiac LeMans (Canadá, Nova Zelândia e EUA).

 


Apesar de ter sido um modelo muito popular, não conseguiu na Europa ultrapassar as vendas do Ford Escort.